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7 de fevereiro de 2009

MODA NA DANÇA DO VENTRE: Um pouco de história PARTE I

Falar sobre a história da indumentária em Dança do Ventre é complicado_ para não dizer IMPOSSÍVEL! Creio que a maioria aqui já tenha pesquisado sobre História da Dança do Ventre. Pois bem... a História da própria dança já é incerta... Então, infelizmente, não temos muito material a respeito... Mas vou tentar passar alguns aspectos que observei através de minha experiência.

As mesmas teorias que apontam a prática da Dança do Ventre pelas Sacerdotisas no Antigo Egito falam sobre saias de linho, seios nus e muitos colares, muitos!!! Na realidade, temos desde as pinturas rupestres figuras de dançarinas com o ventre e seios à mostra. Resta comprovar se essa é ou não nossa Dança do Ventre, se são danças precursoras desta ou ainda se são outras formas de expressão. De qualquer forma, é dessa maneira que o traje dessas bailarinas foi registrado pelos povos antigos.

Os vários elementos encontrados nos trajes para Dança Oriental foram agregados à indumentária através dos séculos , provavelmente sob influência das trocas entre culturas diversas. Os ciganos podem ter levado ao Egito adereços indianos, bem como alguns passos e influências da dança ( que atire a primeira pedra quem não encontrar semelhanças entre o Kathak e o Flamenco, ou que não achar que as posturas do Andaluz e do Odissi são geradas na mesma base!), e mais tarde novamente com o exílio dos dançarinos pela invasão muçulmana. Vestidos e xales podem ter vindo das danças dos povos árabes nômades. Moedas e medalhas vieram dos ciganos. Os véus foram introduzidos e aproveitados como acessório de dança pelos coreógrafos Europeus... E várias trocas de informações contribuíram para chegarmos aos figurinos atuais.

Uma boa fonte para observar roupas de dançarinas orientais entre os se. XVIII e XX são as pinturas da fase do Orientalismo. São inúmeras as obras que retratam bailarinas e odaliscas em mercados e haréns. Para quem estuda Artes Plásticas em paralelo à Dança Oriental, fica claro que tais autores não retratavam tudo exatamente como era, mas filosofar a respeito não me cabe agora e existe a inspiração no que era real, então vale a pena conferir_ desde que se tenha consciência de que parte é realidade, e parte é pura manipulação por interesses colonianistas do homem Ocidental.

Mais uma vez falando sobre as "trocas" com os europeus... Há um século atrás, o traje da Dança do Ventre ainda era bem Baladi: vestidão, xale marcando os quadris... O modelo de duas peças foi criados por estilistas franceses, com o intuito de conceder glamour e evidenciar os movimentos no ventre. Em alguns países, até hoje é obrigatório o uso de barrigueiras com este traje. Foi neste mesmo contexto e período que a Dança Oriental se espalhou pelo mundo através dos filmes de Hollywood, imortalizando este traje e tornando- o referência quando se fala em Bellydance.

No último século, a evolução da Dança do Ventre tanto em inovações nas coreografias quanto nos figurinos foi enorme e rápida. Atualmente, duas- peças sem barrigueiras e até minissaias são aceitas no Líbano e em todo o circuito comercial de shows. Os vestidos estão cada vez mais justos e os bordados mais luxuosos. O uso de calças compridas é comum e aceito. As grandes estrelas no Egito podem tudo, e assim surgem figurinos cada vez mais extravagantes e inusitados. Não vou entrar no mérito de discutir gostos... Vou deixar essa parte para cada uma pensar e usar as conclusões para si. No próximo artigo, estarei falando da evolução dos trajes para dança no Brasil_ dessa vez em um texto muito mais gostoso, já que temos verdades e informações palpáveis para compartilhar!!! Então, até breve!



Zahrah


PS: cliquem nas fotos para ampliá-las.

4 comentários:

Carlinha Salgueiro disse...

Zahrah!
Que interessante! Agora tem gente que vai poder ter desculpa de tirar o sutiã - mesmo não sendo comprovado, rs!
Brincadeiras à parte, continuo adorando tua participação.
E anotando tudo!
Beijos!

Anônimo disse...

eu sempre achei estranho o uso da barrigueira cor de pele...
.
zharah, vc sabe dizer pq ela era/eh obrigatória em alguns lugares?? tipo eh para o ventre não ficar completamente descoberto,seilah, num ficar mt pelado...??

*pergunta besta* ><'

bJUh

Unknown disse...

Adorei, Zá!!! Vai ser maravilhoso esse momento de estudo da moda e nos mantermos sempre atulaizadas sem perder o foco.
Beijooooooooo!!

Aisha Alyýyah disse...

olá, sou formada em moda e tive 2 semestres de história da moda e indumentária, pelo estudos feitos em sala temos teorias já comprovadas de que as egípcias dançavam com bustos de fora, o colar de ombro e apenas a saia de algodão, isso é, elas dançavam exatamente como se vestiam, inclusive minha professora comentou que daí vinha a história da sereia, pois os gregos dominavam os mares e quando chegavam ao Nilo viam as mulheres egípcias colhendo trigo, dançando (provavelmente algo parecido com a dança do ventre) e gritando (provavelmente o zagroota) em reverência a colheita, elas viviam solitárias pois seus maridos estavam sempre em guerra. Alguns desses gregos se apaixonavam por elas e assim ficavam no Egito, não mais voltando para casa, suas esposas então ficavam sabendo pelos homens que voltavam que eles haviam morrido no mar encantados pelo feitiço do canto e da dança de uma mulher metade peixe e metade sereia com os bustos de fora. legal né??
agora a dificuldade mesmo é descobrir qual a origem da dança mesmo pq acredito que ela se misturou com a dança de muitos povos já extintos, como os persas e os sarracenos